Após o desembarque na cidade da Flórida, o bebê foi levado para o Hospital Memorial Jackson, onde deve ser operado pelo médico brasileiro Rodrigo Viana. O pai de Sofia, Gilson Gonçalves, viaja hoje aos Estados Unidos, em voo comercial, para se juntar à família. Depois de passar por exames, Sofia terá de esperar um doador. Ela já foi incluída no cadastro americano decaptação de órgãos.
A menina nasceu com uma doença conhecida como Síndrome de Berdon, e nunca se alimentou por via oral. O aparelho digestivo não funciona e houve acúmulo de líquidos e outras substâncias no organismo. São raríssimos os casos de sobrevivência. A doença foi detectada durante a gestação, mas a mãe, que já havia perdido um bebê, optou por seguir com a gravidez de alto risco. Depois que a menina nasceu, a mãe passou a viver com ela no hospital. Sofia passou por três cirurgias paliativas, mas os hospitais brasileiros não tinham condições para realizar o transplante. A família pesquisou e descobriu que a cirurgia era feita com sucesso nos Estados Unidos.
O drama da menina comoveu o País e mobilizou mais de meio milhão de pessoas pelas redes sociais. A família foi à Justiça em busca de tratamento. Numa decisão incomum, o Tribunal Regional Federal de São Paulo determinou ao governo brasileiro que depositasse numa conta especial cerca de R$ 2,4 milhões para custear o transporte e a cirurgia no exterior. Campanhas pela internet arrecadaram outros R$ 2 milhões para manter a menina no período pós-operatório, que pode durar até dois anos. Durante a viagem a Miami, a mãe postou na página de Sofia no Facebook: “É mais uma batalha vencida, uma emoção sem fim. Vamos continuar até a vitória”, escreveu.
Tribuna do Norte
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