segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Premiê israelense diz que ofensiva em Gaza vai continuar

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou nesta segunda-feira (4) que a ofensiva na Faixa de Gaza continuará até o "restabelecimento da segurança" do Estado hebreu, apesar dos apelos internacionais.
"A campanha em Gaza continua. O que está em fase de conclusão é a ação do exércitoisraelense para lidar com os túneis, mas esta operação só terminará quando a paz e a segurança forem restauradas para o povo de Israel por um longo tempo", disse o Netanyahu após uma reunião com o alto escalão da Defesa de Israel.
No fim de semana, o premiê disse que o exército implantado na Faixa de Gaza foi posicionado em "áreas mais confortáveis​​" para responder a "interesses de segurança" deIsrael.
Grande parte das forças que estavam dentro da Faixa de Gaza palestina foi retirada no domingo (3), embora as tropas permanecem na área de Rafah, no sul de Gaza, especialmente punido pelo bombardeio desde sexta-feira passada.
O chefe do governo israelense insistiu que Israel deu "um duro golpe para o Hamas e outras organizações terroristas", em 28 dias de operação, e acusou o movimento islâmico negar o povo de Gaza a ajuda humanitária.
Fim da trégua humanitária
A declaração de Netanyahu nesta segunda ocorreu após o fim de um cessar-fogo humanitário de sete horas estabelecido por Israel.

"Retomamos nossas operações, incluindo ataques aéreos contra infra-estrutura terrorista na Faixa de Gaza", disse o porta-voz do Exército israelense Peter Lerner à France Presse.
A trégua começou às 10h locais (4h de Brasília), e compreendia a suspensão dos ataques na maior parte da Faixa de Gaza, com excessão para a região de Rafah, no sul de Gaza, onde o exército israelense disse que continuaria operando.
Entretanto, os palestinos acusaram Israel de quebrar o cessar-fogo ao realizar um ataque sobre umcampo de refugiados na cidade de Gaza que matou três pessoas, incluindo uma menina de 8 anos e deixou 29 pessoas feridas.
O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza Ashraf Al-Qidra disse que o ataque contra uma casa no campo Shati aconteceu depois do início previsto da trégua nesta segunda de manhã.
Uma porta-voz militar israelense disse estar apurando o que aconteceu no campo de refugiados. Segundo ela, quatro foguetes haviam sido disparado de Gaza desde o início da trégua, sendo que dois detonaram dentro de Israel. Não há relatos de mortes ou danos.
Em Jerusalém, um veículo pesado de construção civil bateu em um ônibus, num incidente que a polícia israelense disse ter sido um ataque palestino. Não havia passageiros no ônibus, mas um transeunte morreu após ser atropelado pelo veículo. A polícia disse ter matado a tiros o motorista, o qual, segundo a imprensa israelense, foi identificado como um palestino que vivia no leste de Jerusalém.
Também houve o registro de um soldado israelense que ficou gravemente ferido nesta segunda-feira após ser baleado por um individuo que seguia em uma moto nas imediações da Universidade Hebraica de Jerusalém, na parte leste da cidade,.
O atacante, que foi detido após perseguição, fugiu em direção ao bairro vizinho de Wadi Jozz, em uma zona palestina da cidade, o que fez as autoridades tratar o caso como um atentado por motivo político ou de caráter nacionalista.
Vinte palestinos foram mortos nesta segunda, segundo os serviços de emergência. Deste total, 17 morreram antes da entrada em vigor do cessar-fogo, enquanto que os combates têm matado dezenas de palestinos todos os dias desde o início da ofensiva israelense em 8 de julho.
Israel anunciou um cessar-fogo para facilitar a chegada de ajuda humanitária e para permitir a entrada em casa de centenas de milhares de palestinos desabrigados devido ao conflito de quatro semanas.
O anúncio foi recebido com desconfiança pelo grupo islamita Hamas, que controla Gaza, e foi feito após a incomum repreensão dos Estados Unidos em decorrência do aparente ataque israelense no domingo a um abrigo administrado pela ONU, que matou 10 pessoas.
G1

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